UP – GAMA/DF
LICENCIATURA EM GEOGRAFIA
ATIVIDADE INTEGRADORA DE GEOGRAFIA ECONÔMICA
GAMA – DF
FEVEREIRO / 2012
FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS – EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA
UP – GAMA
LICENCIATURA EM GEOGRAFIA
Trabalho de Atividade Integradora de Licenciatura em Geografia da FTC – Faculdade de Tecnologia e Ciências, para a disciplina Geografia Econômica.
Tutor:
GAMA – D. FEDERAL
Fevereiro /2012
APRESENTAÇÃO
Buscando favorecer a integração do processo de produção dos saberes junto à disciplina Geografia Econômica e o desenvolvimento de competências e habilidades indispensáveis à sua atuação e produção acadêmica nesta Atividade, você terá a oportunidade de analisar, sistematizar e organizar as informações contidas em textos acadêmicos e construir uma resenha, exercitando, assim, o poder de reflexão, crítica e criatividade.
A análise de um texto pressupõe a sua decomposição em partes, permitindo um estudo mais completo, ou seja, partindo de uma ideia-chave geral para um conjunto de ideias mais precisas. Nesse sentido, você deverá analisar o Texto Sobre “Fontes de Energia” de José William Vesentini; leia, analise, sistematize e organize as ideias contidas no Texto, através do fichamento de esboço para elaborar uma resenha crítica do mesmo.
Para tanto, é necessário compreender o caráter dialético da leitura e da própria aprendizagem, estabelecendo diálogos investigativos com o texto e percebendo as correlações com o contexto vivenciado. Para Carvalho (2005, p. 121) “a leitura de um texto pressupõe objetivos, intencionalidade [...]. Compreender o texto é tomá-lo a partir de um determinado horizonte, da perspectiva de quem se sente problematizado por ele”.
A realização eficiente deste trabalho proporcionará segurança perante o entendimento do texto e subsidiará a formação de valores e conceitos a respeito de sua temática.
TEXTO: FONTES DE ENERGIA
Energia e indústria
A industrialização é o processo que mais necessita de energia para sua manutenção, sendo para criar novas indústrias, modernizar ou manter as já existentes, sendo responsável pelo consumo de mais de 41% do total de consumo de energia de todos os tipos, seja hidrelétrico, petróleo, álcool, lenha, etc. Depois vêm os transportes, que consomem 20,5%, o setor residencial com 16,1%, o próprio setor energético com 7,8%, o comércio com 5,2%, a agricultura com 4,9% e o setor público com cerca de 3,8%.
Além de consumir 41% da produção de energia diretamente, consome os outros 59% indiretamente, pois a maioria dos transportes serve para o deslocamento dos produtos industrializados, que por sua vez também são fruto de indústrias automotivas. Grandes partes do comércio vendem produtos manufaturados, no meio rural o gasto com energia é com as máquinas oriundas de fábricas e grande parte do consumo residencial é por parte de aparelhos eletroeletrônicos. Dessa forma o desenvolvimento da indústria é um grande incentivador do consumo energético.
A energia hidrelétrica
Apesar de 73% de o potencial hidrelétrico permanecem inaproveitado, pois existe ainda muita possibilidade de construção de novas geradoras, mas tem sido intenso, pois cerca de 93% da eletricidade gerada no país provém de hidrelétricas e está em terceiro lugar no mundo, perdendo para Rússia e China.
O maior desenvolvimento do potencial evoluiu principalmente nos rios da bacia amazônica, passando de 15 milhões de KW em 1970 para quase 260 milhões de KW em 1995.
O potencial hidrelétrico segundo as bacias fluviais está dividido na tabela abaixo:
Bacia Amazônica 105 550 MW
Bacia do Tocantins 27 821 MW
Bacia do Paraná 57 358 MW
Bacia do São Francisco 26 354 MW
Bacia do Uruguai 13 902 MW
Bacia do Leste 14 469 MW
Bacias do Sul e Sudeste 9 622 MW
Outras 3 979 MW
TOTAL DO BRASIL 259 055 MW
Aproveitado (até 1995) 58 300 MW (IBGE)
A energia hidrelétrica pode suprir todas as necessidades do país, desde que se construam novas usinas, apresentando diversas vantagens, pois a água não se esgota (embora haja secas eventualmente), seu custo operacional é baixo e polui menos do que as usinas termelétricas e atômicas.
O grande problema das hidrelétricas é a degradação ambiental provocada pela construção das usinas, que necessitam de grande lagos abastecedores, cuja extensão é imensa e profunda, alagando sítios arqueológicos, florestas, terrenos férteis e vilas inteiras, das quais os moradores são levados para regiões geralmente de terreno pobre.
O Petróleo
A produção nacional de petróleo nos estados do Rio de Janeiro (67% do total), Rio Grande do Norte (10%), Bahia (8%) e Sergipe (4%) é insuficiente, representando de 55 a 60% do consumo, cuja demanda é suprida com a importação (de 40 a 45%) da Arábia Saudita, Argentina, Irã, Kuwait, Nigéria, Venezuela, Argélia e México.
O petróleo ocupa o segundo lugar entre as fontes de energia, cerca de 32% do total, servindo não só como energia, mas também como matéria prima para a obtenção de plásticos, borrachas sintéticas, etc.
As principais áreas produtoras de petróleo no Brasil são:
· Recôncavo Baiano: uma bacia sedimentar com terrenos do período Cretáceo (era Mesozóica) que já chegou a produzir 60% do total consumido, mas com o aumento de outras áreas, desceu para a posição de 8%;
· Bacias de Sergipe-Alagoas e do Rio Grande do Norte: continuação do Recôncavo do norte;
· Bacia do Espírito Santo: ao sul do Recôncavo, também formada por terrenos do período Cretáceo;
· Áreas de plataforma continental: desde a Bahia até o Rio de Janeiro, destacando-se com 65% do petróleo nacional em 1995;
Desde 1953 a prospecção, a extração, o transporte e o refino do petróleo no Brasil são monopólio federal, exercido na fiscalização e orientação pelo CNP (Conselho Nacional de Petróleo) e execução pela Petrobrás (Petróleo Brasileiro S.A.) e em 1963 passou a monopolizar a importação também, havendo concessões do CNP no setor de refinaria.
O monopólio vem sendo motivo de polêmica, pelo fato de o petróleo ser muito caro, superior até ao dos países que importam todo petróleo que necessitam, sendo que cerca de 80% do petróleo refinado do Brasil era importado nos anos 70, diminuindo para 50% em 1995.
A Petrobrás se tornou uma multinacional com subsidiárias e filiais em diversos países, até no Oriente Médio. O governo fez uma "quebra de monopólio”, sem consulta a opinião pública, referente à prospecção e exploração de petróleo em certas áreas do país por empresas nacionais e multinacionais, mas acabou não atraindo interesse por esse tipo de contrato. Desde 1991, discute-se a privatização de empresas ligadas ou subordinada a Petrobrás, numa tentativa de o governo ocupar-se com o que lhe é devido, isto é, educação, saúde, previdência e segurança, que não devem visar lucro. Existem argumentos a favor e contra a privatização: por ser um recurso natural estratégico e por a Petrobrás Ter descoberto numerosas reservas, dizem que deve ficar nas mãos do Estado, mas para outros ela se tornou cabide de empregos e uma sonegadora de impostos, valiosos para o país, outros já dizem que seria estratégico nos anos 50 e 60, no apogeu da Segunda Revolução Industrial, mas na atual revolução técnico-científico não é mais.
O carvão mineral
A região que vai do Rio Grande do Sul ao Paraná possui as maiores reservas nacionais de carvão mineral, em formações sedimentares que datam da era Paleozóica (período dos Carboníferos e Permíaco), mas não é de boa qualidade, possuindo muita cinza, enxofre e outras impurezas. Em Santa Catarina encontram-se as melhores jazidas, de onde se extrai o único carvão brasileiro coqueificável, ou seja, que pode ser transformado em coque, um resíduo sólido da destilação do carvão (carbono praticamente puro), mais adequado para produzir calor nos altos-fornos.
A área de Santa Catarina que se destaca nessa atividade mineradora é o Vale do Tubarão (Criciúma, Lauro Müller, Siderópoles e Uruçanga) que é transportado por ferrovia até o porto de Imbituba, seguindo de navio até Santos, Angra dos Reis ou Rio de Janeiro, para ser utilizado nas indústrias siderúrgicas do Sudeste do país.
Apesar de possuir as maiores reservas do país, o Rio Grande do Sul vem em segundo lugar na produção nacional. Sua principal área mineradora é o vale do rio Jacuí.
A produção de aço no Brasil depende de três tipos de carvão: o importado (cerca de 60%), o nacional e o vegetal. O uso de um ou outro tipo de carvão depende do tipo de forno e da capacidade da indústria siderúrgica.
O álcool
O Programa Nacional do Álcool, o Proálcool, foi criado em 1975 como uma tentativa brasileira de desenvolver fontes alternativas de energia que substituíssem, ao menos parcialmente, o petróleo. Cogitava-se, uma "crise internacional do petróleo", após Ter sofrido um acentuado aumento em seus preços em 1973, se tornando necessário buscar novas formas de energia e, a alternativa escolhida pelo governo brasileiro foi, principalmente, o álcool de cana (o etanol ou álcool etílico).
O álcool é empregado em veículos automotores, tanto misturado com gasolina, em pequenas percentagens, para os motores comuns, quanto na forma hidratada para os veículos fabricados especialmente para usarem álcool. Graças aos subsídios do governo e a fabricação dos veículos a álcool, seu consumo expandiu-se bastante. Em 1991, cerca de 60% dos 10 milhões de veículos automotores do país eram movidos a álcool, mas com o desinteresse do governo, o álcool combustível e os donos de carros diminuíram progressivamente.
São Paulo destaca-se na produção de álcool, sendo também o maior consumidor, devido à maior quantidade de automóveis que possui.
O álcool apresenta uma série de aspectos negativos:
· O cultivo da cana-de-açúcar expandiu-se muito nos últimos anos, ocupando terras que produziam gêneros alimentícios, como feijão, mandioca, arroz, contribuindo para a elevação dos preços dos gêneros agrícolas básicos.
· Uma alternativa para evitar a concorrência por terras férteis com alimentos é a produção do metanol a partir do eucalipto, que pode ser cultivado em solos mais pobres. Além disso, o metanol é menos poluente que o etanol, pois sua queima produz menos gazes nocivos, alternativa seria investir em grandes escala em outras fontes de energia: o biogás, a energia solar, as hidrovias, etc.
· O uso do álcool em substituição à gasolina não alterou o modelo de desenvolvimento do país, que continua dando prioridade ao automóvel particular aos transportes coletivos, às rodovias às ferrovias e hidrovias. Cerca de 80% do transporte de cargas no Brasil é feito por rodovias, enquanto nos Estados Unidos essa proporção é de 25%, no Japão de 20%, na França de 28% e na Rússia de apenas 5%. Além disso, o transporte ferroviário é cerca de quatro vezes mais barato e o hidroviário quase vinte vezes. Por fim, o barril do álcool combustível custa cerca de 80 dólares e o de petróleo, 18 a 22 dólares (1996). O seu menor preço em relação à gasolina se deve aos subsídios do governo, pago com os nossos impostos.
A parcial desativação do Proálcool é questionada por cientistas, pois o álcool além de ser menos poluente que a gasolina, é uma tecnologia nacional original, que é raro num país do Sul, precisando ser preservada e aprimorada. Com as novas técnicas de cultivo e correção de solos, a cana-de-açúcar pode ser cultivada em áreas inaproveitadas e em terras de baixos preços, desde que o governo desse incentivo para tal, assim se abaixaria o preço desse combustível.
A continuidade do Proálcool não impede que se tentem alternativas para racionalizar o modelo brasileiro de desenvolvimento de transportes, experimentando-se certos óleos para substituir o diesel, investindo em hidrovias e ferrovias, etc., diminuindo drasticamente o consumo de petróleo.
A energia nuclear
Com o argumento de que faltaria energia elétrica no país por volta do ano 2000, em 1973 o governo propôs, através da Eletrobrás, um plano de construir oito usinas nucleares no Brasil até 1990. Em 1974, foi criada a Nucleobrás (Empresas Nucleares Brasileiras S.A.), responsável pela execução do plano.
A usina Angra I foi à primeira, adquirida à empresa Westinghouse, do Estados Unidos, com uma potência de 626 MW, começou a funcionar em 1981, mas por problemas técnicos, foi paralisada, retomando o funcionamento em testes em 1983, mas não entrou em operação permanente com capacidade total. Orçada inicialmente em 300 milhões de dólares, já havia ultrapassado no final de 1983 para 1,2 bilhão. As usinas de Angra II e Angra III, também localizadas na cidade de Angra dos Reis (RJ), assim como as demais, foram adquiridas no acordo Brasil-Alemanha de 1975 foi adiada. As restantes, duas das quais seriam instaladas no litoral de São Paulo, entre Peruíbe e Iguape, não tiveram continuidade.
O Programa Nuclear Brasileiro, em especial o acordo nuclear com a Alemanha, vem sendo objeto de inúmeras críticas, primeiro por ser uma decisão tomada sem consultar a população nem as associações científicas representativas do país e por que se percebeu que a alegação de que faltaria eletricidade no país era falsa, pois não levava em consideração o potencial da bacia Amazônica e o hipotético crescimento brasileiro de 10% ao ano era muito especulativo.
Houve um crescimento intenso, que exigiu sempre mais energia elétrica, de 1968 até 1973 (milagre brasileiro), mas de 1974 em diante, sobreveio uma fase de recessão econômica, com taxas de desenvolvimento econômico inferiores às da evolução demográfica. A energia elétrica chegou até a sobrar no país, especialmente após 1988 – ano em que a usina de Itaipu começou a operar com sua potência total.
O potencial hidrelétrico dos rios brasileiros será capaz de suprir a demanda do país até, no mínimo, 2030, como se calcula. No entanto será necessário que invista nas hidrelétricas, para se aproveitar todo o potencial, além do mais os custos das usinas hidrelétricas é três vezes menor do que as nucleares equivalentes. O que significa que as usinas nucleares tendem a elevar as tarifas para o suprimento de eletricidade.
Os riscos de se repetir desastres como ocorreram em 1979 na usina norte-americana de Three Miles Island, na Pensilvânia, onde houve uma fusão do núcleo do reator com elevados índices de radiatividade, que atingiram regiões vizinhas à usina nuclear, em 1986 na usina ucraniana (na ex-URSS) de Chernobyl, onde houve incêndio e vazamento de radiação, com milhares de feridos, mortos e a possibilidade de manifestação futura devido à contaminação. Esses acidentes eram considerados impossíveis ou extremamente improváveis, mas ocorreram em condições normais, podendo ser provocados futuramente por terroristas ou funcionários descontente ou revoltados, deixando bem clara a necessidade de mais segurança, o que aumenta os custos repassados ao final para o consumidor.
Essas usinas geram um material extremamente tóxico, o plutônio, produzido pela "queima" do urânio no reator, que é matéria-prima básica para a produção de bombas atômicas e requer cuidados especiais de armazenamento e também o "lixo atômico", que necessita dos mesmos cuidados para serem descartados. Costuma-se colocá-los em caixas de concreto e jogá-las no mar, mas graças a protestos ecologistas isso vem diminuindo, ou então enterrá-las em locais especiais e com vigilância.
A energia nuclear gera debates. É necessária a realização de plebiscitos, para aprová-los num país, como na Áustria e em alguns estados norte-americanos que não aprovaram. No Brasil foi inevitável, pois a instalação foi realizada durante a ditadura militar (1964-85) com objetivos econômicos e geopolíticos. Na óptica geopolítica, uma grande potência deveria possuir bombas atômicas e as tecnologias das usinas nucleares são uma condição preliminar indispensável para chegar aos armamentos nucleares. Possivelmente tenha sido uma tentativa de desenvolver armas nucleares no país futuramente, no entanto com o final do domínio militar e com o fim da guerra fria, o correu uma reviravolta nesse processo, advindo daí o relativo abandono desse programa nuclear.
Outras fontes
O xisto betuminoso
Denomina-se xisto betuminoso ou piro betuminoso (piro = "fogo") determinadas rochas ricas em betume, nome dado aos hidrocarbonetos (hidrogênio e carbono) que aparecem em rochas sedimentares como o folhelho. O petróleo também é um betume, mas em forma líquida em sem tantas impurezas, na verdade o xisto betuminoso consiste em separar o betume da rocha para produzir petróleo a partir dele.
O Brasil possui grandes reservas, principalmente na formação Irati (Período Permíaco), que vai desde São Paulo até o Rio Grande do Sul; também no Vale do Paraíba paulista. No município de São Mateus do Sul (PR) é onde se encontram as maiores concentrações do minério, por isso foi instalada uma usina para processar o xisto.
O aproveitamento ainda é muito pequeno, cerca de 200 mil barris de óleo por ano, em relação ao consumo de um milhão de barris de petróleo por dia. A usina de São Mateus deve aumentar a produção para cerda de 25 mil barris de óleo sintetizado por dia, mas como o teor de óleo na rocha é inferior a 10%, para produzir essa quantidade diária, a usina terá de movimentar, em um ano, um volume de rochas equivalente ao Pão de Açúcar, e 90% desse material é inútil após passar pelo aquecimento e separação do betume, contendo de 2 a 3% de sulfeto de ferro no xisto, dando origem a gases poluentes emitidos na atmosfera pelas chaminés, retornando ao solo sob a forma de ácidos dissolvidos nas águas das chuvas (chuva ácida), o que prejudica a vegetação e os solos agrícolas de uma vasta área.
A lenha e o carvão vegetal
A lenha e o carvão vegetal foi uma fonte básica para um grande número de indústrias e combustível doméstico empregado nas vilas e cidades em seu crescimento. Em 1970, a lenha e o carvão vegetal juntos representavam cerca de 35% do total de energia consumida no país, mas já em 1995 baixou para apenas 13%.
O desmatamento em grande porte é fruto dessa atividade. A lenha ainda é usada em residências, restaurantes, padarias e em usinas de açúcar, mas o carvão vegetal é importante apenas para algumas indústrias siderúrgicas e metalúrgicas, destacando-se a produção e uso da lenha e carvão vegetal em Minas Gerais.
A mata Atlântica era, e ainda é, a vegetação de onde se extrai a madeira. Outrora cobria ama região que se estendia do litoral até o interior de Minas Gerais, mas que se encontra quase totalmente devastada, pois o reflorestamento ainda não é suficiente para suprir a demanda e evitar o desmatamento da vegetação original.
O biogás
O biogás é o gás liberado no processo de decomposição do material orgânico (através de certas bactérias), através de biodigestores, utilizados principalmente no meio rural, na China, na Índia e em fase inicial no Brasil. Os resultados da viabilidade técnica e econômica do biogás no país desde 1973, especialmente em São Paulo, vêm sendo satisfatórios, mas esse tipo de fonte de energia parece ser mais adequado para uso descentralizado, em pequena escala, e não em grandes centros urbanos.
A energia solar
As pesquisas sobre o uso da energia solar em países desenvolvidos como os Estados Unidos são grandes, fora construída até uma usina solar experimental em 1981, mas no Brasil é incipiente, tendo seu uso mais freqüente para aquecimento de água em habitações. Existem no mercado nacional indústrias que produzem e instalam coletores solares, mas a tecnologia existente é rudimentar, aproveitando muito pouco da enorme quantidade de energia presente dos raios solares.
Fontes de energia e modelo político-econômico
Vimos que o crescimento no uso de energia liga-se ao avanço da industrialização, mas depende também do modelo político e econômico da sociedade, também vimos que a prioridade brasileira dada ao petróleo e ao álcool, além da tentativa de desenvolver a energia nuclear, foi determinada pelo modelo de industrialização brasileira, baseada nos empréstimos externos desde os anos 50, no avanço do setor de bens de consumo duráveis e na concentração da renda.
O grande peso do petróleo, por exemplo, decorre basicamente da prioridade dada aos automóveis particulares sobre os públicos, no setor urbano, e das rodovias sobre as ferrovias e hidrovias, no setor de transporte de cargas. Em termos de gastos de energia, é uma prioridade dispendiosa, que considera a valorização das empresas automobilísticas e a despreocupação do Estado com os mais pobres.
O Programa Nacional do Álcool (1973) destinava-se não a economizar petróleo por meio do desenvolvimento dos transportes ferroviário ou hidroviário ou pela modernização e ampliação dos transportes coletivos urbanos, mas em economizar um pouco o combustível importado, mantendo as mesmas prioridades que prejudicam a maioria da população.
Existem inúmeras alternativas para o álcool, como carburante, que poderiam ser desenvolvidas, como óleo de mamona ou de dendê, baterias elétricas carregadas por energia solar, etc. Mas o álcool tem um poderoso lobby, advindo daí sua escolha, pois desde a época colonial os usineiros e plantadores de cana-de-açúcar possuem amplo poder político no Brasil.
A consideração final é que existem desigualdades sociais no consumo da energia, que é extremamente concentrada em poucas residências, aquelas da minoria rica que possui maior poder de consumo e utiliza diversos aparelhos domésticos, como freezer, geladeiras, ar-condicionado, etc. As fontes de energia, tanto ao uso e suas formas, são um reflexo daquilo que ocorre na sociedade, na economia e na vida política.
CONCLUSÃO
A energia é indispensável para a industrialização e modernização de indústrias, sendo vital para nossa sobrevivência humana. Somos dependentes das máquinas, necessitando delas para aquecer a água do banho, para resfriar e preservar os alimentos que comemos, para lavar, secar e passar as roupas automaticamente, para produzir nossos trabalhos escritos, como livros, revistas e jornais, para iluminar nossas casas, empresas e igrejas, ou seja, a energia é indispensável para quase todas as nossas tarefas.
A única forma de preservarmos nosso planeta será a utilização de fontes de energia que poluem o mínimo, ou se possível, não poluam e que sejam renováveis, para que durem mais e permitam que o planeta ainda exista, mas para isso todos devem ser conscientizados do problema e economizar, a começar por nós mesmos.
Bibliografia: SOCIEDADE & ESPAÇO, Brasil. GEOGRAFIA DO BRASIL. Autor José William Vesentini. 30ª edição, reformulada e atualizada. 2ª impressão. Editora ática.
https://estudeonline.net/revisao_detalhe.aspx?cod=26
RESENHA
VESENTINIi, José Willian. Sociedade & Espaço, Brasil. Geografia do Brasil. São Paulo: Editora Ática
O artigo disposto acima elenca as fontes de energia exploradas no Brasil, explica o que é energia e lembra que o transporte assim como energia são elementos vitais para o crescimento de um país, além de enfatizar as fontes renováveis e não renováveis de energia, ressaltando os recursos naturais existentes e a importância da energia no processo de industrialização.
Energia é a capacidade de realizar trabalho. Suas principais fontes são o petróleo, energia hidráulica, carvão mineral, lenha e carvão vegetal, álcool, bagaço de cana, o xisto betuminoso, a energia nuclear, etc.
As fontes de energia e os recursos naturais utilizados pelo homem podem ser de dois tipos: as renováveis, como a solar, a dos ventos etc; e as não-renováveis, como do carvão mineral, do urânio, do xisto betuminoso etc.
As fontes não renováveis apresentam os maiores problemas, pois podem chegar à escassez e se fazer falta e também poluem mais do que as renováveis, pois é necessária a depredação do solo e das árvores para extração da matéria prima e os compostos químicos utilizados para manipular os materiais naturais se poluem a atmosfera, os rios e os oceanos, desequilibrando todo o ecossistema.
As fontes renováveis são menos depredadoras e poluentes. No caso da utilização da lenha e o carvão vegetal, apesar de poluírem, podem ser replantadas as árvores e obter mais matéria prima. No caso das energias eólica, solar e geotérmica, além de poluírem pouco são quase inesgotáveis.
REFERÊNCIAS
www.portalsaofrancisco.com.br
www.wikipedia.org
www.bussolaescolar.com.br
www.agb.org.br
www.educacao.uol.com.br
https://www.juliobattisti.com.br